quinta-feira, 17 de abril de 2014

Sobre o Uso do Anel Atlante


O Anel é um bem pessoal que se impregna das radiações pessoais, não devendo, portanto, ser emprestado. 

É conveniente de quando em quando, deixar o anel por algumas horas ao sol, de preferência ao meio dia, num recipiente de cristal,ou ainda durante a noite em um copo com água e sal grosso.

Use o anel sempre, mas principalmente em ocasiões importantes de negócios, contatos pessoais, conferências, etc. Use-o durante suas viagens, pois se tem verificado que o anel protege de forma espetacular contra acidentes, ao minimizar os riscos de forma curiosa e inexplicável.Tem se observado o aguçamento da telepatia e outras faculdades parapsicológicas, durante o sono. Se sentir excesso de energia à noite, use somente durante o dia. Se por algum motivo particular não quiser usar o anel no dedo, use-o no bolso ou em contato com a pele, use o anel de preferência no dedo anular. Alguns sentem mais resultados quando usam o anel na mão direita, para resolver problemas, e na mão esquerda para receber benefícios. 

Em algumas pessoas verifica-se a mudança da cor do anel para preto, que às vezes desaparece em algumas semanas. É conveniente usar sempre um polidor líquido para prata, ou as chamadas flanelas mágicas, que possuem uma química para limpeza de prata, isto para que o anel fique sempre polido, brilhante e bonito.



A verdadeira história do Anel Atlante




Sua história começa no Egito há oito mil anos, quando os atlantes deixaram sua imensa sabedoria a certos sacerdotes egípcios. Ele foi descoberto por HOWARD CARTER, egiptólogo do Vale dos Reis, dentro do túmulo do sacerdote JUÁ. Entre os membros desta casta encontrava-se o Grão Sacerdote Juá, cuja tumba foi descoberta no Vale dos Reis há uns 60 anos, e tanto o corpo do sacerdote como o de sua esposa encontravam-se perfeitamente conservados, cerca de 5.000 anos após a sua morte. 

Mais tarde Carter foi o único a escapar com vida da maldição de TUTANCAMÓN inscrita na entrada do túmulo:


'A morte tocará com suas asas aquele que perturbar o sono do faraó'


Quando todos os outros cientistas que penetraram no túmulo morreram um após o outro de doenças estranhas, então percebeu-se que a única coisa que diferenciava Carter das outras pessoas era que ele tinha o famoso Anel de Atlante, o que permitiu de estar ainda com vida.



Juá preparou as boas vindas ao descobridor do seu túmulo, deixando como presente, um anel esculpido em Grês, pelos Atlantes, de quem os Egípcios eram herdeiros. Um anel cujas três retas, seis pontos e dois triângulos isósceles atendem às exigências de alguma formula esotérica e possui poderes e virtudes que graças a experiências repetidas durante mais de 20 anos pelo redescobridor das energias de forma André de Belizal, pelo radiestesista e pesquisador renomado Roger de Lafforest e outros pesquisadores europeus e agora brasileiros, podem constatar com evidência incontestável. Não se trata de um talismã ou de um fetiche a mais entre tanto outros criados pela superstição popular ou pela imaginação dos homens, o Anel Atlante, é um dos mais fantásticos milagres da física micro-vibratória, onde as ondas de forma são os agentes invisíveis que constituem hoje aquilo que é a ciência do futuro; A Radiônica.

Cresceu o interesse de todos pelo uso do Anel Atlante quando Roger de Lafforest confirmou em seu famoso livro Les maisons de Tuent, que Howard Carter, o principal arqueólogo da expedição que descobriu o tumulo de Tutancâmon, não se preocupou com as ameaças e a maldição na entrada da tumba:'A Morte Tocará com suas asas quem perturbar o sono do Faraó'



Carter ficou durante anos catalogando o maior tesouro arqueológico até hoje encontrado, enquanto viu dezoito pessoas que participaram com ele da abertura do tumulo, morrerem misteriosamente. Carter estava despreocupado, pois segundo depoimentos que prestou a um diplomata belga, no Cairo, julgava-se protegido contra quaisquer malefícios, porque usava a poderosíssima de defesa a que se refere o famoso escritor e jornalista Paulo Brunton, e que André de Belizal afirma ser o anel atlante.



quarta-feira, 2 de abril de 2014

Pensamentos

 Algumas das frases que marcaram a história. Frases promulgadas por celebridades ou apenas frases que deixaram uma marca na humanidade. Inclusão constante de novas frases, baseada em pesquisa e sugestões



"Deus me dê serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, coragem para mudar o que puder e sabedoria para distinguir uma coisa da outra."
Chr. F. Oetinger


"A felicidade não é coisa fácil: é muito difícil encontrá-la em nós mesmos e é impossível encontrá-la em outro lugar."
Chamfort


"Mata o mau em ti assim o mau do mundo não pode mais te agredir"
Krishnamurti


"Se o homem persistisse em sua loucura, tornar-se-ia sábio"
Willian Blake


"O mundo mudará menos com as determinações do homem do que com as adivinhações da mulher"
Claude Bragdon


 "A geração é o mistério pelo qual o espírito se una a matéria; em razão disso o Divino se torna humano"
Papus


"Faze de tua alma uma metafísica, uma ética e uma estética. Substitui-te á Deus indecorosamente. É a única atitude realmente religiosa. ( Deus está em toda parte, exceto em si próprio )."
Fernando Pessoa


"Quem olha para fora sonha; Quem olha para dentro acorda"
C. G. Jung


"Convence-te de que tudo que acontece nada de mau poderá sair e de que tudo está bem assim. Domina teus apetites e tuas necessidades fisiológicas, tuas paixões assim como tuas fraquezas. Que teu corpo seja teu servidor e não teu mestre."
Cultura Celta


"O que é a vida?
A vida é uma oportunidade
use-a
A vida é beleza
admire-a
A vida é prazer
goze-o
A vida é sonho
concretize-o
A vida é desafio
aceite-o
A vida é dever
cumpra-o
A vida é viagem
finalize-a
A vida é um jogo
jogue-o
A vida é cara
valorize-a
A vida é riqueza
proteja-a
A vida é amor
prove-o
A vida é um mistério
desvende-o
A vida é promessa
cobre-a
A vida é sofrimento
domine-o
A vida é uma canção
cante-a
A vida é luta
enfrente-a
A vida é uma tragédia
contenha-se
A vida é uma aventura
ouse
A vida é viver
viva
A vida é felicidade
crie-a
Por favor não a desperdice, ela é valiosa."

Bilhete escrito e exposto na parede do escritório de um orfanato das "Missionárias da Caridade " em Calcutá




Envie você também um pensamento, uma boa palavra sempre faz efeito.


capella@viacapella.com.br







Ramana Mararshi

A verdade de si mesmo é a única que vale a pena ser buscada e conhecida.
Realização não é nada a ser adquirido. Ela está sempre aí, mas obstruída por uma tela de pensamentos.
  Realização é simplesmente a perda do ego.  Destrua o ego pela procura da sua identidade.  Uma vez que o ego não é nenhuma entidade, ele automaticamente desaparecerá, e a realidade irá brilhar por si mesma.
Este é o método direto, enquanto todos os outros se concretizam somente através da retenção do ego"
(Sri Ramana Mararshi)



VENKATARAMAN - nome dado por seus pais, nasceu em Tiruchuzi, pequena aldeia no sul da Índia, a 30 de dezembro de 1879. Sua infância foi igual à de todos os meninos de sua época. Porém, aos doze anos seu pai faleceu e a família foi morar com um tio na vizinha cidade de MADURA.
Aos quatorze anos preparava-se para entrar na Universidade de Madras, no entanto sentia que aqueles estudos não tinham qualquer utilidade para ele, pois a sabedoria do mundo material não poderia torná-lo consciente da verdade de Ser.
No fim do ano de 1895, o jovem Venkataraman, ao encontrar um tio que vinha de uma peregrinação, abordou-o com a pergunta:
“De onde está vindo?”
“De Arunachala.” Foi a resposta.
A aparente simplicidade da frase de seu tio encontrou profundo eco em seu coração, como se a palavra “ARUNACHALA” lhe despertasse alguma sutil recordação. Em julho de 1896, na tenra idade de dezessete anos, Ventakaraman teve a experiência extraordinária, que transformou Sua vida e despertou-O para o verdadeiro significado do SER: sentiu que se integrava no universo, e perguntou: "Quem sou eu? Minha consciência não é atingida." Então compreendeu que era independente do corpo físico, da mente e dos sentidos. Sentia apenas o pulsar cósmico e concluiu: "Sou Consciência". Depois disso, Ramana Pouco tempo depois deixa a casa do tio e parte para Tiruvannamalai em direção ao Monte Arunachala - local onde o Deus Shiva apareceu a seus devotos na forma de uma coluna de luz.instalando-se em cavernas e templos. Com a chegada de muitos discípulos, mudou-se para um Ashram construído ao pé de Arunachala, onde recebia pessoas de todas as partes do mundo para aprender com ele. Durante os cinqüenta e quatro anos seguintes, sua vida foi um exemplo vivo de Suprema Paz, Compaixão Universal e Auto-Consciência incessante. Ele ensinou o Caminho do Auto-Conhecimento e a Auto-Renúncia através da Vichara (a pergunta ¨Quem sou Eu?¨).Quando se estava próximo a Ele, as ondas incansáveis da mente eram acalmadas: corações aflitos encontravam conforto e paz e os buscadores sinceros da Verdade encontravam a Suprema Beatitude. Sri Ramana deixou de ser apenas um admirável Mestre da Índia. Saltou dos quadros que enfeitam os altares dos templos para dentro de nossa existência. Ordenou a Sri Maha Krishna Swami que fizesse, no Ocidente, a Grande União entre os homens, tornando conhecida e acessível a todos a Verdade de Ser. Foi por sua vontade que Sri Maha Krishna Swami instalou-se no Brasil, a terra apontada pelo Sat Guru como o local onde seriam preservados os sagrados ensinamentos de todos os Grandes Mestres, onde também seriam vivificados e tornados acessíveis a todos.A sabedoria de Bhagavan é insofismável, não está limitada às palavras, ela toca a essência de cada um: é a força do silêncio, a Upadesa Sharanam, que irradia de Sri Ramana para todos. Ao codificar o caminho da autoconscientização, Sri Ramana criou, efetivamente, a solução para todos os que buscam o autoconhecimento. Até então, o acesso à sabedoria dos Mestres era exclusivo dos reclusos do silêncio. Sri Ramana mostrou um caminho possível de ser trilhado livremente, conforme as condições da vida moderna.
certa tarde em que estava sozinho em casa, sentiu que iria morrer. Deitou-se com os membros distendidos, susteve a respiração, mantendo a mente em completa introspecção e o corpo inerte; sentiu toda a força de sua personalidade e até mesmo ouviu a voz do SER dentro de si, totalmente apartada do corpo. ¨O corpo morre, mas o espírito que o transcende é imune à morte. Isso quer dizer que sou um Espírito Imortal¨
Daí em diante sua absorção no Ser é permanente.
No dia 14 de abril de 1950, Sri Bhagavan deixa o corpo. Entretanto, muitos devotos, espalhados por todos os rincões do planeta, até hoje, crêem firmemente em suas palavras quando inquirido sobre Sua partida: “Para onde mais poderia Eu ir?”
Este é o Santo Sábio que, em Seu silêncio e olhar de bem-aventurança, segue vivo nos corações de todos os seus discípulos.

"O destino da alma é determinado segundo seu prarabdha-karma. O que não deve acontecer, não acontecerá, não importa o quanto você deseje. O que deve acontecer, acontecerá, não importa tudo o que você faça para evitar. Quanto a isso, não resta dúvida. Portanto, o melhor caminho é permanecer em silêncio."

"A consciência do corpo é o 'Eu' errado.  Desista desta consciência-corpo. Isto é feito através da busca da fonte do 'Eu'.  O corpo não diz 'Eu sou'.  É você quem diz 'Eu sou o corpo'. Descubra quem é este 'Eu'.  Procurando a sua fonte, ele irá desaparecer.  Seja o que você é.  Não existe nada para ser manifestado.  Tudo o que é necessário é a perda do ego.  A verdade de si mesmo é a única que vale a pena ser buscada e conhecida.  Realização não é nada a ser adquirido. Ela está sempre aí, mas obstruída por uma tela de pensamentos.  Todos os seus esforços devem ser dirigidos para a superação desta tela, e então a realização é revelada.  Realização é simplesmente a perda do ego.  Destrua o ego pela procura da sua identidade.  Uma vez que o ego não é nenhuma entidade, ele automaticamente desaparecerá, e a realidade irá brilhar por si mesma.  Este é o método direto, enquanto todos os outros se concretizam somente através da retenção do ego"






Osho

Nunca seja inspirado por ninguém.
Permaneça aberto.
Quando você ver um lindo pôr do sol,
desfrute essa beleza; quando ver um Buda,
desfrute a beleza do homem,
desfrute o silêncio, desfrute a verdade
que o homem realizou,
mas não se torne um seguidor. Todos os seguidores estão perdidos.
(Osho)


Em 1931 Mohan Chandra Rajneesh - Osho - nasceu em Kuchwada,  Madhya Pradesh, Índia, em dezembro de 1931, filho mais velho de um modesto comerciante  de roupas, que pertencia à religião Jaina. Passou os primeiros sete anos com seus avós, que lhe concedem absoluta liberdade de fazer exatamente o que lhe apetecesse, apoiando-o inteiramente em suas precoces e intensas investigações dentro da verdade e sobre a vida.
Osho experiencia o seu primeiro satóri aos 14 anos de idade. Durante esses anos, seus experimentos com a meditação se aprofundam e a intensidade da sua busca espiritual cobra-lhe tributos sobre sua condição física. Seus parentes e amigos chegam  a temer que ele pudesse não viver muito.
Na idade de 21 anos, no dia 21 de março de 1953, Osho atinge à iluminação, o mais alto pico da consciência humana.  Neste ponto, como ele diz, termina sua biografia exterior –  passa a viver o estado de não-ego, de completa comunhão com o Todo, em perfeita unidade com as leis interiores da vida.  Todavia, exteriormente, ele continua a ir ao encalço de seus estudos, na Universidade de Saugar, onde se gradua, em 1956, com Honra de Primeira Classe em Filosofia, ganhando a medalha de ouro na sua turma de graduação. Torna-se  Campeão de Debates em toda a Índia.

Em 1957 Osho começa a lecionar na Faculdade de Sânscrito, em Raipur. Um ano mais tarde, torna-se professor de Filosofia na Universidade de Jabalpur. Em 1966 entrega  este posto,  a fim de dedicar-se,  inteiramente,  à tarefa de ensinar a arte da meditação ao homem moderno. Durante os anos sessenta, viajará por toda a Índia, de um lado a outro  e de cima a baixo,  como Acharya  (professor) Rajneesh, levantando a  ira  do sistema estabelecido, aonde quer que fosse, ao por a nú  a hipocrisia  dos investimentos de interesse e suas tentativas para obstruir  o acesso do homem  ao mais alto direito humano - o direito de ser ele-mesmo. Durante este período, Osho toca o coração de milhares de pessoas em suas palestras  para enormes audiências, muitas vezes com mais de  dez mil pessoas reunidas.



Em 1968  Osho vai para Bombaim, passando a viver e a ensinar ali. Começa a desenvolver uma série de campos de meditação, a maioria nas montanhas, onde ele apresenta a revolucionária “Meditação Dinâmica”,
uma técnica especialmente dirigida ao homem moderno, objetivando a liberação de emoções reprimidas, o estado de alerta, o relaxamento e a harmonia celebrativa.
A partir de 1970,  ele  começa  a “iniciar” as pessoas no Neo-sânias,  um caminho de comprometimento  com a pesquisa sobre si mesmo, com a meditação, com a expansão do amor e da consciência. Ele começa, então, a ser chamado de Bhagwan
 (O Abençoado).Chegam os primeiros buscadores do Ocidente, entre eles, muitos profissionais terapeutas. A fama de Osho começa a se espalhar por toda a Europa, Estados Unidos e Américas, Austrália e Japão. Os Campos de Meditação mensais continuam e, em 1974, um novo local é encontrado em Puna, onde o ensinamento pôde ser intensificado.
No 21º aniversário da iluminação de Osho, o “ashram” de Puna é aberto ao mundo. O raio de influência de Osho tornara-se internacional. Mas, ao mesmo tempo, Osho recolhe-se  cada vez mais e mais  na privacidade do seu quarto, aparecendo apenas duas vezes ao dia: discursando de manhã e  dando iniciação e aconselhamento aos buscadores, à noite.
Nesta fase, desenvolvem-se os revolucionários grupos de terapia, combinando insights orientais em meditação com a psicoterapia ocidental.
Em dois anos, o ashram ganha a reputação de o mais exemplar centro de crescimento e terapia do mundo.
Nesta época, os discursos de Osho já abarcavam todas as grandes tradições religiosas do mundo. Ao mesmo tempo, Sua vasta erudição na ciência e no pensamento ocidentais, Sua clareza de fala e a profundidade de seus argumentos faz desaparecer, para seus ouvintes, a distância, até então consagrada pelo tempo, entre o Oriente e o Ocidente. Seus discursos, gravados e transcritos em livros, compreendendo centenas de volumes,  são absorvidos por centenas de milhares de leitores em todo o mundo.  Ao final dos anos setenta, o ashram de Osho, em Puna, transforma-se na meca dos modernos buscadores da verdade.
O primeiro-ministro indiano, Morarji Desai, um tradicional devoto hindu, envida, então,  todos os esforços para que os discípulos de Osho mudem seu ashram para um remoto cantão da Índia, onde eles, virtualmente,  poderiam experimentar, com a aplicação dos ensinamentos do Mestre, a criação de uma comunidade auto-suficiente, vivendo todos, como propunha Osho, em meditação, amor, criatividade e riso.
Em 1980 Acontece um atentado para assassinar Osho, durante um de seus discursos, por um membro de uma tradicional seita hindu. Apesar de as religiões e as igrejas oficiais fazerem oposição a Ele, tanto no Oriente como no Ocidente, Osho, a esse tempo, já totaliza mais de quinhentos mil discípulos por todo o mundo.
Em 1º de maio de 1981, Osho para de falar, iniciando-se, então, uma fase de “comunhão silenciosa coração-a-coração”, enquanto o Seu corpo repousa, devido a males na região da coluna. Ele fora levado aos EUA pelo Seu médico e acompanhantes, em vista de uma  possível cirurgia. Mas Seus discípulos americanos decidem adquirir 64 mil acres de terra no deserto do Óregon Central e convidam Osho para ficar lá. Osho se recupera rapidamente e uma comuna agrícola modelo evolui ao Seu redor com surpreendente velocidade e resultados impressionantes, recuperando a terra desvalorizada e exaurida do deserto, transformando-a num oásis verde que passa a alimentar uma população de 5 mil pessoas.

Durante os festivais anuais de verão, organizados pelos amigos de Osho vindos de todas as partes do mundo, mais de quinze mil visitantes são hospedados e alimentados nesta nova cidade chamada de Rajneeshpuram.
Paralelo ao rápido crescimento da comuna no Óregon, surgem grandes comunas em todas as grandes capitais dos países ocidentais e, também, no Japão, sustentadas independentemente. Nessa época, Osho requer residência permanente nos EUA, como líder religioso, mas seu pedido é recusado pelo governo norte-americano - uma das razões dadas é o seu voto público de silêncio. Ao mesmo tempo, a nova cidade vê-se sob a mira de ataques legais abundantes e crescentes, por parte do governo do Óregon e da maioria cristã no Estado. As leis sobre o uso da terra, do Óregon, a pretexto de proteger o desenvolvimento, torna-se a maior arma na luta contra a nova cidade que havia surgido através da  dedicação de um enorme esforço na recuperação da terra estéril - na verdade, uma cidade que tinha se tornado um modelo ecológico para o mundo.
Em outubro de 1984, Osho recomeça a falar para pequenos grupos, na Sua residência e, em julho de 1985, Ele volta a discursar todas as manhãs, para milhares de buscadores, no Rajneesh Mandir.
A secretária pessoal de Osho e vários membros da administração da comuna vão embora de repente, e vem à tona todo um conjunto de atos ilegais cometidos por eles. Osho convida as autoridades norte-americanas para irem à cidade, e investigarem completamente o caso. As autoridades norte-americanas usam, então, esta oportunidade para acelerar sua luta contra a comuna.
Em 29 de outubro, Osho é preso sem qualquer mandado, em Charlotte, na Carolina do Norte. Na audiência para estabelecer a fiança, Ele é algemado. A viagem de volta ao Óregon, onde ele tinha de aparecer em juízo - normalmente, cinco horas de vôo -, leva oito dias. Durante dois daqueles dias, não houve sinal de Osho. Mais tarde,  Osho revela que, na Penitenciária do Estado de Oklahoma, Ele havia sido registrado sob o nome de “David Washington” e que fora colocado numa cela isolada com um prisioneiro que sofria de herpes infecciosa, uma doença que poderia  ter-lhe sido fatal. Apenas uma hora antes de ser finalmente libertado, após uma provação de doze dias algemado na prisão, uma bomba é descoberta na cadeia de Portland, Óregon. Todos são evacuados, com exceção de Osho, que é mantido lá dentro, por uma hora.
Em meados de novembro, Seus advogados insistem com Ele para que aceite a imputação de culpa em duas das trinta e quatro premissas de “violação de imigração”, nas quais Ele fora incriminado. Assim, evitar-se-ia mais riscos futuros à Sua vida nas mãos do sistema judiciário norte-americano. Osho concorda e dá entrada ao chamado “Apelo Alford”, um apelo peculiar ao sistema judiciário nos EUA, pelo qual ele poderia aceitar a imputação de culpa e, ao mesmo tempo, manter Sua inocência. Ele é, então, multado em quatrocentos mil dólares e é obrigado a deixar os EUA, sem poder voltar dentro do período de cinco anos. Osho deixa os Estados Unidos em jato particular no mesmo dia e voa para a Índia, onde passa um curto tempo de descanso nos Himalaias.
Uma semana mais tarde, a comuna do Óregon decide se dispersar. Numa conferência à imprensa, o Procurador dos EUA, Charles Turner, enumera três pontos em resposta à pergunta: “Por que os delitos levantados contra a secretária também foram um peso para Bhagwan?”. Turner revela que a prioridade primeira do governo era a de destruir a comuna e que as autoridades sabiam que o afastamento de Osho precipitaria isso; em segundo lugar, eles não queriam transformar Osho em um mártir; em terceiro lugar, que não havia nenhuma prova, fosse qual fosse, que O implicasse em qualquer um dos crimes.
A nova secretária de Osho, Sua acompanhante, Seu médico e outros discípulos ocidentais acompanhantes dele, são obrigados a sair da Índia - tiveram seus vistos de entrada cancelados. Nenhuma razão é apresentada, pelo governo indiano, para esta ação sem precedentes, exceto esta: “Vocês não são desejados aqui”.  Osho vai, também, embora e junta-se a eles em Kathmandu, no Nepal, onde prossegue com seus discursos diários.
Osho vai para a Grécia em fevereiro de 1986, com um visto de turista de trinta dias, e fica como hóspede na casa de campo de um produtor de cinema grego e recomeça a falar duas vezes por dia. Os discípulos afluem para ouvi-Lo. O clero da Igreja Ortodoxa Grega ameaça, então, o governo grego, dizendo que “correria sangue”, a menos que Osho fosse mandado embora do país.
Em 05 de março de 1986 A polícia viola a casa de campo e prende Osho, sem mandado, tranferindo-o para Atenas, onde somente vinte e cinco mil dólares de suborno demovem as autoridades do intento de colocá-Lo num navio para a Índia. Ele parte num jato particular para a Suíça, onde o Seu visto de permanência de sete dias é cancelado por guardas armados, logo na chegada. Ele é declarado “persona non grata”, devido aos “delitos de imigração nos Estados Unidos”, e convidado a se retirar.Ele voa para a Suécia, onde é recebido do mesmo modo - cercado por guardas armados de fuzis. É-Lhe dito, então, que Ele era “um perigo para a segurança nacional” e é ordenado a sair imediatamente.
Osho voa em seguida para a Inglaterra. Seus pilotos estavam, então, legalmente fadados a descansar durante oito horas. Osho queria esperar no Saguão da Primeira Classe em Trânsito, mas não Lhe é permitido; assim como não Lhe permitem ficar num hotel para pernoite. Em vez disso, Ele e seus companheiros são trancados numa pequena cela suja, lotada de refugiados.
Osho e seu grupo voam para a Irlanda, onde lhes fora dado visto de turista. Ficara num hotel perto de Lemerick. Na manhã seguinte, a polícia chega e manda-os embora imediatamente. Entretanto, isso não torna-se possível, porque, nessa altura, o Canadá tinha recusado permissão ao avião de Osho, para aterrissar e reabastecer, a fim de voar para Antigua, no Caribe.
Esta negativa extraordinária do direito de reabastecer, é feita apesar de uma apólice do Lloyds de Londres, garantindo que Osho não desceria do avião.
Sob a condição de que não haveria nenhuma publicidade que pudesse embaraçar as autoridades, Ele tem permissão de permanecer na Irlanda, até que outros arranjos pudessem ser feitos.
Durante a espera, Antigua retira a permissão de entrada de  Osho. A Holanda, quando solicitada, também recusa Osho.
A Alemanha já havia passado um “decreto preventivo” impedindo a entrada de Osho no país. Na Itália, o requerimento do Seu visto de turista estava retido - e, na verdade, quinze meses depois, ainda não lhe haviam concedido o visto.
Na última hora, o Uruguai surge com um convite e, assim, em 19 de março, Osho, Seus devotos e companheiros de viagem voam para Montevidéu, via Dacar, Senegal.
O Uruguai chega até a abrir a possibilidade de residência permanente. Entretanto, é no Uruguai, que se vem a descobrir o por quê de Lhe estarem negando acesso, em todos os países, nos quais Ele tentasse entrar: telexes com “informações diplomáticas secretas” (todos vindos de fontes governamentais da NATO), mencionando rumores da INTERPOL de cargas de contrabando, negócios com drogas e prostituição” ligados ao círculo de Osho, haviam sido enviados, invariavelmente, aos países onde havia perspectiva de hospedagem.
A fonte dessas histórias, descobriu-se ser os Estados Unidos. Logo, logo, o Uruguai fica sob a mesma pressão.
O governo uruguaio decide anunciar numa entrevista à imprensa, que Osho tinha obtido garantia de residência permanente no país.
Naquela mesma noite, Sanguinetti, o Presidente do Uruguai, recebe um chamado de Washington, DC, dizendo que, se Osho ficasse no Uruguai, a dívida externa com os Estados Unidos, de seis bilhões de dólares, poderia ser cobrada e que nenhum empréstimo futuro seria dado.
Osho é solicitado a deixar o Uruguai no dia 18 de junho. No dia seguinte à partida de Osho, Sanguinetti e Ronald Reagan anunciam de Washington um novo empréstimo dos EUA para o Uruguai, de cento e cinqüenta milhões de dólares.
A Jamaica garante a Osho um visto de 10 dias. Momentos antes de Ele aterrissar lá, um jato da marinha dos Estados Unidos aterrissa próximo ao jato particular de Osho e descem dele dois paisanos. Na manhã seguinte, os vistos de Osho e de Seu grupo são cancelados, “por razões de segurança nacional”.
Osho segue viagem até Lisboa, via Madrid, e permanece com “paradeiro ignorado” por algum tempo. Algumas semanas mais tarde, policiais são colocados ao redor da casa de campo onde Ele estava descansando. Osho decide retornar à Índia no dia seguinte, 28 de julho.
Ao todo, vinte e um países, até então, ou O haviam deportado ou Lhe negado entrada.
Osho chega a Bombaim, Índia, onde fica por seis meses, como convidado pessoal de um amigo indiano. Na privacidade do lar do Seu hospedeiro, ele retoma os discursos diários.
Osho muda-se para a casa do ashram em Puna, onde ele tinha morado a maior parte dos anos setenta. Imediatamente após a chegada de Osho, o chefe de polícia de Puna ordena-lhe que saia da cidade, sob os argumentos de que Ele era uma “pessoa controversa” que poderia “perturbar a tranqüilidade da cidade”. A ordem é revogada no mesmo dia, pelo Supremo Tribunal de Bombaim.
O mesmo fanático hindu que, em maio de 1980, tentara matar Osho jogando n’Ele uma faca durante um discurso público, começa a fazer ameaças agressivas de invadir o ashram com duzentos homens treinados em artes marciais - a menos que Osho fosse mandado embora de Puna.
Ao mesmo tempo, as Embaixadas indianas ao redor do mundo e os funcionários de imigração no aeroporto de Bombaim começam a recusar a entrada de ocidentais “identificados como seguidores do Acharya Rajneesh”.


Após sete semanas doente, quando uma simples infecção negava-se a responder a qualquer tratamento, os médicos de Osho diagnosticam uma deterioração generalizada das Suas condições físicas, devido a envenenamento; uma análise posterior conclui que era envenenamento por tálium, um metal pesado de efeito lento, progressivo e fatal. Durante discurso público, Osho afirma a convicção de que o governo dos Estados Unidos O havia lentamente envenenado durante os 12 dias em que ele estivera sob sua custódia, em setembro de 1985.
Em Abril de 1988, Apesar das tentativas dos governos do “mundo livre” para isolar Osho, num virtual exílio interno, milhares de discípulos conseguem viajar para Puna, para estar com seu Mestre uma vez mais.
Osho deixa o corpo de dia 19 de janeiro de 1990. Apenas algumas semanas antes desta data, havia lhe sido perguntado o que aconteceria com o seu trabalho quando ele partisse. Ele disse, então:

 “Minha confiança na existência é absoluta.
 Se houver alguma verdade naquilo que estou dizendo,
 isso irá sobreviver...
 As pessoas que permanecerem interessadas no meu trabalho
 irão simplesmente carregar a tocha, mas sem imporem nada a  ninguém...

 “Permanecerei uma fonte de inspiração para o meu povo,
 e é isso que a maioria dos saniássins sentirá.
 Quero que eles desenvolvam por si mesmos qualidades como o amor,
  à volta do qual nenhuma igreja pode ser criada;
  como consciência, que não é o monopólio de ninguém;
  como celebração, deleite;
  e que se mantenham rejuvenescidos, com os olhos de uma criança...

 “Quero que as pessoas conheçam a si mesmas,
  que não sigam as expectativas dos outros.
  E a maneira é indo para dentro.”

Em conformidade com suas orientações, a comuna que cresceu à sua volta ainda floresce em Puna, Índia, onde milhares de discípulos e buscadores se reúnem durante o ano inteiro, para participar das meditações e dos outros programas lá oferecidos.


Siddharta Gautama


A história da Índia começa por volta de 3.000 a.C., com o surgimento das civilizações de Harrapa e Mohenjo Daro, no vale do rio Indus. Cerca de mil anos depois, os povos arianos do Cáucaso passaram a dominar o vale dos Indus e seus habitantes, os drávidas. Na mesma época, começaram a se estabelecer os princípios da Religião Hindú; foram escritos os hinos sagrados (Rig Veda, Yajur Veda, Sama Veda) e os tratados filosóficos (Upanishads) do hinduísmo.
Por volta de 1.000 a.C., os povos arianos passaram a ocupar o vale do rio Ganges e sociedade foi dividida em castas. Cada casta (em sânscrito, varna) era uma espécie de classe social:

 brahmanas (brâmanes): sacerdotes, filósofos, religiosos hindus;

kshatriyas (guerreiros): nobres, guerreiros, autoridades;

vaishyas (provedores): mercadores, artesãos, agricultores;

shudras (servos): trabalhadores braçais.

Abaixo desse sistema estavam os intocáveis (sânsc. pahria), considerados tão inferiores que não eram dignos de uma casta. Totalmente discriminados, eles viviam cercados pela fome, miséria, doenças e sofrimento.

Essa ordem social era tida como sancionada pelo próprio Brahman (Absoluto) e era totalmente impossível a um indivíduo passar de um grupo para outro. Os brâmanes compunham a classe mais privilegiada e só por intermédio deles era possível obter-se uma vida feliz. Além da crença nos deuses, eles ensinavam a doutrina das vidas sucessivas a que todos os seres estavam sujeitos, sem exceção. Segundo essa crença, todo ser possuiria uma alma, ou Atman, que se reencarnaria sucessivamente nas mais diversas formas, segundo a natureza dos atos praticados nas vidas anteriores — o karma. Essa cadeia de reencarnações — samsara — era conhecida como um mal a que o indivíduo devia escapar, recorrendo à fé nos deuses e nos brâmanes, seus representantes, e à prática de exercícios ascéticos e de ioga.

Por volta do século VI a.C., a Índia entra num período de progresso e desenvolvimento material. As cidades já existentes começaram a se juntar em reinos cada vez maiores, caminhando a passos largos para a unificação. O progresso do comércio e da indústria, bem como o fortalecimento do estado monárquico, criaram uma atmosfera livre e aberta às mais amplas discussões, surgindo uma série de pensadores que criticaram amplamente a ortodoxia bramânica. Entre esses pensadores, o que maior influência exerceu foi precisamente Siddharta Gautama, também conhecido como Buddha, palavra que quer dizer Sábio, Iluminado ou Desperto, "Aquele que Sabe"

O sistema de castas também vigorava em Shakya, um reino que se localizava entre a Índia e o Nepal, ao sul das montanhas do Himalaya. Por volta dos séculos VI-V a.C., Shakya era governado pelo rajá Shuddhodhana Gautama e sua esposa, Maya-devi Gautami, membros da casta guerreira. Embora quisessem ter filhos, eles não conseguiram tê-los e já tinham perdido as esperanças de conseguir um herdeiro.

Certa vez, Maya sonhou com um belo elefante branco. Sete sábios interpretaram o sonho como o prenúncio do nascimento de um filho prodigioso: ele seria um imperador universal (sânsc. chakravartin) se vivesse no palácio de seu pai, ou um asceta (sânsc. bhikshu) se renunciasse ao trono. Shuddhodhana começou a se preocupar; ele queria um grande imperador para sucedê-lo e não um asceta. Naquela época não era estranho que jovens, atormentados pela perversão que os cercava, cessassem as suas atividades, se despedissem da família e dos amigos e abandonassem a vida mundana. Iam viver nos bosques, possuindo apenas uma tigela de madeira com a qual, de tempos em tempos, mendigavam um pouco de comida. Pensavam que o auto-sacrifício e a severa disciplina corporal lhes proporcionaria um momento de sublime percepção, durante o qual, subitamente, lhes seria revelado o segredo do Universo.

No fim de uma gestação de 10 meses, Maya seguiu a tradição indiana e viajou para a casa de seus pais, a fim de ter o seu filho lá. Os pais dela moravam em Kapilavastu, capital de Shakya. O filho de Maya nasceu perto daquela cidade, nos jardins de Lumbini, no 8º dia do 4º mês lunar de 563 a.C.

Segundo as histórias tradicionais, o menino deu sete passos na direção de cada ponto cardeal e floresdesabrocharam nos locais pisados. Algumas tradições dizem que ele apontou para o céu com a mão direita e para a terra com a mão esquerda, dizendo:"Entre o céu e a terra, sou o venerável!" Segundo outras tradições, ele teria dito: "Sou o líder do mundo, sou o guia do mundo. Este é o meu último nascimento." Naquele momento caiu uma chuva de néctar doce e seres celestiais apareceram para proclamando o nascimento do menino.
Por causa desses acontecimentos, o recém-nascido recebeu o nome de Sarvarthasiddha Gautama (aquele da família Gautama que realiza todas as suas metas), logo simplificado para Siddharta Gautama (páli Siddhatta Gotama, aquele da família Gautama que realiza suas metas). Um eremita chamado Asita foi vê-lo e descobriu vários sinais no pé do menino, confirmando as previsões.

Maya faleceu uma semana após o parto e Siddharta passou a ser cuidado por sua tia, Prajapati Gautami. Após vencer um torneio de artes marciais, aos 16 anos, Siddharta casou-se com Yashodhara, filha do rajá Dandapani. Posteriormente, casou-se também com Gopa e Mrigaja, mas foi com Yashodhara que ele teve seu filho, Rahula. Para fazer com que seu filho se entretesse, o rei Shoddhodhana deu três palácios a Siddharta: um para o verão, um para o inverno e outro para a época das monções.

Mesmo assim, com a idade de 29, Siddharta convenceu o seu pai de que já era o momento de conhecer o mundo;
Siddharta nunca tinha saído dos palácios. Shuddhodhana tentou evitar, mas seu filho acabou encontrando um velho, um doente, um morto e um asceta.
Revoltado com todo aquele sofrimento, Siddharta discutiu com seu pai e abandonou o palácio.
O luar de um branco azulado iluminava o quarto. Siddharta andou na ponta dos pés silenciosamente até a cama onde sua esposa, Yashodhara, dormia tranqüilamente com seu filho Rahula, coberto com um cachenê. Rahula sorriu como se estivesse em sonhos felizes.
"Como ele é amável e bonito!" Siddharta estendeu os braços para abraçar o filho, mas logo recuou para afastar tais pensamentos.
Apesar do coração completo de afeição pela esposa e pelo filho, ele não hesitou em deixar a casa para buscar o caminho da prática espiritual.




O cocheiro do estábulo, Chandaka, ajudou Siddharta a fugir para a floresta, mas não gostou da idéia. Ficou preocupado e, apesar das insistências, não conseguiu convencer o príncipe a retornar ao palácio. Siddharta queria descobrir uma maneira de eliminar os sofrimentos. Como sua vida luxuosa não poderia livrá-lo da doença, velhice e morte, Siddharta trocou a vida palaciana pela vida ascética.
"Enquanto as pessoas não são afetadas pela doença, velhice ou morte, elas não pensam sobre essas coisas. Eu preciso agora encontrar o caminho para acabar com a fonte desse sofrimento. Todos aqueles que nascem nesse mundo devem experimentar o pesar da separação. Estou deixando minha casa para descobrir o caminho pelo qual o ser humano pode escapar desse sofrimento."
Iluminação de Siddharta Gautama




Como símbolo de sua renúncia, Siddharta cortou seu longos cabelos com uma espada. Algum tempo depois, ele encontrou Alara Kalama e Udraka Ramaputra, que lhe ensinaram avançadas técnicas de meditação. Porém, eles não conseguiram responder à pergunta do ex-príncipe: como extinguir o sofrimento?
O ex-príncipe passou a praticar ascetismo na floresta de Uruvela, no reino de Magadha. O próprio Bimbisara, rei de Magadha, foi visitar o jovem Siddharta.
"Ó ilustre monge, eu gostaria que alguém como você governasse este país. Se você aceitar, oferecerei criados, cavalos, carruagens, tudo o que você desejar", disse o rei.




"É muita bondade sua, majestade, mas eu já abandonei todos os desejos e pretendo continuar no caminho das práticas ascéticas", respondeu Siddharta.
O rei, com lágrimas nos olhos, segurou as mãos de Siddharta respeitosamente e disse: "Estou feliz por tê-lo encontrado. Rezarei para que alcance o caminho em breve". Em seguida, retirou-se.
Seis meses haviam passado desde que Siddharta deixara sua casa. Durante esse tempo, ele residira na floresta e se submetera a todas as formas de austeridade, acreditando que quanto mais castigasse sua carne, mais puro se tornaria o seu espírito. Reduzira gradativamente a alimentação até parar completamente de comer. Tentara reter a respiração. Passara sofrimentos contínuos, cada um pior que o anterior.
Iluminação de Siddharta Gautama




Por seis anos, Siddharta foi acompanhado por outros cinco ascetas, ex-discípulos de Udraka Ramaputra. Quando percebeu que o ascetismo não traria os resultados que procurava, Siddharta abandonou este estilo de vida. Subitamente, ele compreendeu que a vida palaciana e a vida ascética são dois extremos; o ideal é seguir um caminho intermediário, o caminho do meio (sânsc.madhyama-pratipad), o caminho do despertar.



Madre Teresa de Calcutá

Sê a expressão da bondade de Deus
Bondade expressa em teu rosto
e nos teus olhos,
bondade nos teus sorrisos
e na tua saudação.
Às crianças, aos pobres
e a todos aqueles que sofrem
na carne e na alma,
oferece sempre um sorriso de alegria.
Dá a eles não só o teu auxílio
mas também o seu coração.   
(Madre Teresa de Calcutá)
                             

Nascida a 27 de Agosto de 1910, em Skopje na antiga Iugoslávia e filha de pais albaneses, a missionária tinha 12 anos quando descobriu a sua verdadeira vocação e, seis anos mais tarde, quando decidiu ser freira, ingressou na Ordem da Nossa Senhora de Loreto, uma organização irlandesa com conventos em Calcutá.
Já em Calcutá, em 1948, Madre Teresa deixa a ordem do Loreto e começou a sua missão de ajuda aos habitantes dos bairros pobres da Índia, através da ordem "As Missionárias da Caridade" fundada pela Madre.

A enorme expansão internacional da Ordem de Madre Teresa de Calcutá aumentou o seu reconhecimento a nível mundial, levando-a a ganhar imensos prêmios e louvores: em 1962 foi-lhe atribuído um prêmio pela sua ação humanitária, o Prêmio Padma Shri. Em 1971, a missionária recebeu das mãos do papa Paulo VI o prémio da paz João XXIII e, em 1976, a então primeiro ministro da Índia, Indira Ghandi, coferiu-lhe o grau de Doutor Honóris Causa. Em 1985, nos Estados Unidos, Ronald Reagan entregou-lhe pessoalmente a Medalha Presidencial da Liberdade. Todavia, a distinção que superaria todas as outras foi o Prêmio Nobel da Paz de 1979.
Madre Teresa recebeu todas estas homenagens "em nome de todos os pobres do mundo" e utilizou o montante do seu Prêmio Nobel para lhes construir casas. Por esta altura, a religiosa dizia:


"Amar o próximo é uma política realista. Sinto-me grata e muito feliz por receber este prêmio, em nome dos desprotegidos em todas as sociedades". 

Era esta a maneira simples de Madre Teresa. Recebia o dinheiro com uma mão e dava-o com a outra, enterrava-o sobretudo para salvar vidas, curar cancerosos, dar de comer aos esfomeados que inundam Calcutá, a cidade de todas as misérias. Não perdia tempo desnecessário nas suas viagens e regressava logo que podia para junto dos seus protegidos. Em 1986, quando visitou o nosso país a convite das Missionárias da Caridade e em que visitou o santuário de Fátima afirmou que:
"não tenho tempo a perder com santuários" e que só lá tinha ido porque o próprio papa lhe pedira. Sinônimo de bondade e caridade em todo o mundo, preocupava-se mais com a urgência da sua Missão. Mesmo assim, em Fátima, aproveitou ainda para apelar às pessoas para que se desprendessem dos seus bens "até doer" e para fazerem qualquer coisa "bonita para Deus".
Mas MadreTeresa tinha já problemas de saúde desde 1983, altura em que sofreu um ataque cardíaco. O seu estado de saúde agravou-se de tal forma este ano que se viu forçada a abandonar a liderança da ordem, a 13 de Março.
Ironicamente, Madre Teresa de Calcutá morreu no dia 5 de Setembro, no momento em que se preparava uma cerimônia de homenagem à falecida Diana de Gales. Esta cerimônia pretendia ser o reconhecimento público de tudo o que a princesa tinha feito em prol da ordem das Missionárias da Caridade.
O coração de Agnes Gonxa Bojaxhliu, mundialmente conhecida por Madre Teresa de Calcutá, parou às 18 horas e trinta minutos do dia 5 de Setembro de 1983.