quarta-feira, 2 de abril de 2014

Ramana Mararshi

A verdade de si mesmo é a única que vale a pena ser buscada e conhecida.
Realização não é nada a ser adquirido. Ela está sempre aí, mas obstruída por uma tela de pensamentos.
  Realização é simplesmente a perda do ego.  Destrua o ego pela procura da sua identidade.  Uma vez que o ego não é nenhuma entidade, ele automaticamente desaparecerá, e a realidade irá brilhar por si mesma.
Este é o método direto, enquanto todos os outros se concretizam somente através da retenção do ego"
(Sri Ramana Mararshi)



VENKATARAMAN - nome dado por seus pais, nasceu em Tiruchuzi, pequena aldeia no sul da Índia, a 30 de dezembro de 1879. Sua infância foi igual à de todos os meninos de sua época. Porém, aos doze anos seu pai faleceu e a família foi morar com um tio na vizinha cidade de MADURA.
Aos quatorze anos preparava-se para entrar na Universidade de Madras, no entanto sentia que aqueles estudos não tinham qualquer utilidade para ele, pois a sabedoria do mundo material não poderia torná-lo consciente da verdade de Ser.
No fim do ano de 1895, o jovem Venkataraman, ao encontrar um tio que vinha de uma peregrinação, abordou-o com a pergunta:
“De onde está vindo?”
“De Arunachala.” Foi a resposta.
A aparente simplicidade da frase de seu tio encontrou profundo eco em seu coração, como se a palavra “ARUNACHALA” lhe despertasse alguma sutil recordação. Em julho de 1896, na tenra idade de dezessete anos, Ventakaraman teve a experiência extraordinária, que transformou Sua vida e despertou-O para o verdadeiro significado do SER: sentiu que se integrava no universo, e perguntou: "Quem sou eu? Minha consciência não é atingida." Então compreendeu que era independente do corpo físico, da mente e dos sentidos. Sentia apenas o pulsar cósmico e concluiu: "Sou Consciência". Depois disso, Ramana Pouco tempo depois deixa a casa do tio e parte para Tiruvannamalai em direção ao Monte Arunachala - local onde o Deus Shiva apareceu a seus devotos na forma de uma coluna de luz.instalando-se em cavernas e templos. Com a chegada de muitos discípulos, mudou-se para um Ashram construído ao pé de Arunachala, onde recebia pessoas de todas as partes do mundo para aprender com ele. Durante os cinqüenta e quatro anos seguintes, sua vida foi um exemplo vivo de Suprema Paz, Compaixão Universal e Auto-Consciência incessante. Ele ensinou o Caminho do Auto-Conhecimento e a Auto-Renúncia através da Vichara (a pergunta ¨Quem sou Eu?¨).Quando se estava próximo a Ele, as ondas incansáveis da mente eram acalmadas: corações aflitos encontravam conforto e paz e os buscadores sinceros da Verdade encontravam a Suprema Beatitude. Sri Ramana deixou de ser apenas um admirável Mestre da Índia. Saltou dos quadros que enfeitam os altares dos templos para dentro de nossa existência. Ordenou a Sri Maha Krishna Swami que fizesse, no Ocidente, a Grande União entre os homens, tornando conhecida e acessível a todos a Verdade de Ser. Foi por sua vontade que Sri Maha Krishna Swami instalou-se no Brasil, a terra apontada pelo Sat Guru como o local onde seriam preservados os sagrados ensinamentos de todos os Grandes Mestres, onde também seriam vivificados e tornados acessíveis a todos.A sabedoria de Bhagavan é insofismável, não está limitada às palavras, ela toca a essência de cada um: é a força do silêncio, a Upadesa Sharanam, que irradia de Sri Ramana para todos. Ao codificar o caminho da autoconscientização, Sri Ramana criou, efetivamente, a solução para todos os que buscam o autoconhecimento. Até então, o acesso à sabedoria dos Mestres era exclusivo dos reclusos do silêncio. Sri Ramana mostrou um caminho possível de ser trilhado livremente, conforme as condições da vida moderna.
certa tarde em que estava sozinho em casa, sentiu que iria morrer. Deitou-se com os membros distendidos, susteve a respiração, mantendo a mente em completa introspecção e o corpo inerte; sentiu toda a força de sua personalidade e até mesmo ouviu a voz do SER dentro de si, totalmente apartada do corpo. ¨O corpo morre, mas o espírito que o transcende é imune à morte. Isso quer dizer que sou um Espírito Imortal¨
Daí em diante sua absorção no Ser é permanente.
No dia 14 de abril de 1950, Sri Bhagavan deixa o corpo. Entretanto, muitos devotos, espalhados por todos os rincões do planeta, até hoje, crêem firmemente em suas palavras quando inquirido sobre Sua partida: “Para onde mais poderia Eu ir?”
Este é o Santo Sábio que, em Seu silêncio e olhar de bem-aventurança, segue vivo nos corações de todos os seus discípulos.

"O destino da alma é determinado segundo seu prarabdha-karma. O que não deve acontecer, não acontecerá, não importa o quanto você deseje. O que deve acontecer, acontecerá, não importa tudo o que você faça para evitar. Quanto a isso, não resta dúvida. Portanto, o melhor caminho é permanecer em silêncio."

"A consciência do corpo é o 'Eu' errado.  Desista desta consciência-corpo. Isto é feito através da busca da fonte do 'Eu'.  O corpo não diz 'Eu sou'.  É você quem diz 'Eu sou o corpo'. Descubra quem é este 'Eu'.  Procurando a sua fonte, ele irá desaparecer.  Seja o que você é.  Não existe nada para ser manifestado.  Tudo o que é necessário é a perda do ego.  A verdade de si mesmo é a única que vale a pena ser buscada e conhecida.  Realização não é nada a ser adquirido. Ela está sempre aí, mas obstruída por uma tela de pensamentos.  Todos os seus esforços devem ser dirigidos para a superação desta tela, e então a realização é revelada.  Realização é simplesmente a perda do ego.  Destrua o ego pela procura da sua identidade.  Uma vez que o ego não é nenhuma entidade, ele automaticamente desaparecerá, e a realidade irá brilhar por si mesma.  Este é o método direto, enquanto todos os outros se concretizam somente através da retenção do ego"






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